Porcelana Schmidt inova no mercado nacional ao desenvolver nova porcelana 75% mais resistente
Empresa consolida-se como referência em qualidade no setor e valoriza sua trajetória e investimentos no Itaqui
A história de crescimento do bairro Itaqui se entrelaça com a história da Porcelana Schmidt, que foi fundada em Santa Catarina em 1945 e desde 1958 faz parte do desenvolvimento de Campo Largo, especialmente do Itaqui.
Mais que uma empresa que gera empregos e já deu oportunidade a milhares de campo-larguenses, ela formou muitos profissionais, ensinou padrões de qualidade, estimulou a inovação, ajudou muitas famílias, impulsionou o comércio local e atraiu empresas para a região.
Não tem como falar do Itaqui sem falar da Porcelanas Schmidt. Uma empresa que estimula, em todo o mundo, o campo-larguense a olhar embaixo da louça que está usando para saber sua origem. Paulo Lara Neto, superintendente de marketing da empresa, completa: “Ouso dizer que não existe família no Itaqui que não tenha alguém que tenha trabalhado na Schmidt e até hoje isso se mantém. A história do Itaqui e da Schmidt se entrelaçam o tempo todo. Não há dúvidas que estes polos de crescimento e migração de empresas na região têm ligação também com a Schmidt e deram estrutura ao bairro.” Não à toa, a Avenida Porcelana onde está a empresa é a principal na região e onde tudo começou.
Atualmente a empresa conta com 630 colaboradores. “Já chegamos a ter mais de mil funcionários, em outros tempos do País. A Schmidt sempre foi referência, o número de funcionários é impressionante em todo esse tempo. Grande parte dos funcionários, que já passaram ou estão aqui, têm um amor muito grande pela empresa. Se apaixonam pelos produtos que fazem, sentem muito orgulho de trabalharem ou terem trabalhado nela. Temos muito orgulho da nossa história”, valoriza Nelson Lara, gestor da empresa.
Referência no setor, é uma empresa constante, passou por muitos avanços, mas também muitos desafios, os quais com experiência e conhecimento conseguiu superar e crescer. Na pandemia, viram crescer exponencialmente o número de vendas online e com a estabilização agora sentem a retomada do movimento em hotéis e restaurantes por todo o Brasil. Além disso, aproveitam uma valorização da mesa posta que tem sido percebida nos últimos cinco anos de forma expressiva.
Com isso, nunca se acomodam e se mantêm ativos no mercado com muitos lançamentos e inovação. Não viram as costas para o cliente tradicional, mas não deixam de estar sempre olhando para o futuro para encantar esta nova geração e se manter como referência no mercado de mesa posta. Focam no design (modelo) da peça com mudanças constantes, envolvendo novas tecnologias, e também com uma visão sustentável.
Hoje é uma empresa com novidades a cada instante, que sabe entender as adaptações que o mercado exige, que se adapta às novas realidades e toma ações que a mantém no mercado há 78 anos - a ser comemorado em agosto deste ano.
Investimentos que marcaram a história
Ao longo da trajetória da Schmidt, destacam-se três grandes momentos. Em 1973 um grande crescimento na produção foi possível com a construção do maior forno de porcelana do mundo. Com 134 metros de comprimento, em túnel contínuo, o gigantesco forno da Eurotech teve sua construção concluída três anos depois, quando foi aceso e nunca mais foi desligado. Sua temperatura, que pode chegar a cerca de 1.800 graus, é mantida em 1.350 graus, em média, e não pode sofrer resfriamento a menos de 1.100 graus.
Novamente um marco no crescimento da empresa foi a aquisição de um forno em 2012, um investindo de cerca de R$ 12 milhões, oferecendo mais opções de envernizamento e capacidade para 1,2 milhão de peças. Extremamente moderno, também da Eurotech, ativo até hoje. Segundo Lara, o forno é o investimento mais importante na produção de porcelana.
Mais dois investimentos tecnológicos para novo processo de envernizamento das peças, que tirou o trabalho manual de envernizamento, foi um marco muito importante em meados de 2020. Também com equipamento de filetar e aplicação de decalque em máquina permitiu um salto na qualidade e quantidade de peças produzidas.
Outro grande momento a ser destacado é o atual, com o recém-investimento em um novo forno para aumentar a produção da linha de decorados, ainda em fase de conclusão, e que permitirá um grande salto em qualidade e inovação.
Referência em qualidade
A Porcelana Schmidt já chegou a atender mais da metade da demanda de porcelanas finas no Brasil. Hoje com o crescimento de outras empresas focadas neste setor e novas opções de materiais, em média a Schmidt tem participação de 20 a 25% do mercado - sendo até 35% do ramo gastronômico, envolvendo restaurantes e hotéis, e de 10 a 15% do mercado nacional de e-commerce, no varejo. Muitos produtos artesanais que caíram no gosto dos chefs acabaram ocupando uma parte deste mercado.
Com forte presença nas Américas, vendem de forma expressiva para Estados Unidos e Argentina. “Participamos agora de uma feira e hoje a Schmidt não é a maior empresa em tamanho, mas ainda é uma referência no setor associada à qualidade”, orgulha-se Nelson Lara.
Lançamentos
Nessa recente feira do setor realizada em São Paulo, uma grande conquista e avanço na linha de porcelana foi apresentada pela primeira vez no Brasil pela Porcelana Schmidt. É a linha Forte, com resistência 75% maior que a porcelana normal, a qual não quebra com pequenos impactos. Atende o público em geral, mas foi pensada principalmente para atender o mercado gastronômico, para evitar lascas na lavagem e empilhamento e aumentar a durabilidade do produto. É a única com essa resistência no Brasil e inicialmente foi lançada com a linha branca, mas que vai expandir para outras linhas.
Entre os lançamentos deste ano estão formatos novos e dez novas decorações que acompanham tendências mundiais. Paulo comenta que a maioria dos pratos tem borda, mas a gastronomia impõe mudança comportamental no mercado e passaram a valorizar pratos sem a borda, completamente planos, porque esteticamente têm mais liberdade para montar as comidas. Para o uso em casa, permite mais amplitude na área decorada.
O tema do ano é “um olho no futuro e outro na sustentabilidade”. Ressalta sobre o modelo Oca, em homenagem à obra de Oscar Niemeyer, como também o modelo Orion, e referência à nave espacial lançada pela Nasa - Apolo traz linhas totalmente pretas com traços cinzas e o Artemis representa uma foto aérea da Amazônia tirada do satélite com todos os veios.
“Lançamos produtos extremamente luxuosos, que buscam trazer a qualidade e requinte da Schmidt também na linha tradicional”, destaca Paulo sobre a linha Sensile Blue – cor do mar da Sicília transformada numa decoração madre pérola, miniflor e filete de platina.
Sem dúvida, com tanta inovação e qualidade, a Schmidt é uma marca com presença garantida na mesa de milhões e milhões de famílias de diferentes nacionalidades espalhadas pelo mundo.
Histórico
Em 1945, a família Schmidt funda a Porcelana Schmidt em Santa Catarina e em 1948, adquire a Porcelana Real, fazendo a fusão das duas fábricas.
Em 1956, a família Schmidt adquire uma terceira unidade fabril em Campo Largo, a Porcelana Steatita. Ainda na década de 50, com constantes inovações tecnológicas, o grupo Schmidt exporta pela primeira vez aos Estados Unidos.
Na década de 60, já líder absoluta do mercado brasileiro de porcelana, vira sinônimo de qualidade e ícone do setor de Mesa Posta. Na década seguinte, atuando em todos os segmentos, funde-se em uma única marca: Porcelana Schmidt.
Nos anos 80 e 90, com uma grande linha de produtos, a Schmidt se solidifica como líder no setor, reconhecida internacionalmente como lançadora de tendências e referência mundial de qualidade.