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Coluna Danielli Artigas

Thiago Kffuri estimula a criatividade, até mesmo para ações do dia dia-a-dia. Até estar desempregado é uma oportunidade de se reinventar.

Data
06 de Junho de 2017

Autor
Danielli Artigas

Todo mundo nasce criativo, é preciso apenas saber estimular. E quando se fala em criatividade não é apenas para criar algo novo, revolucionário, mas está nas pequenas ações do dia dia-a-dia, em pensar diferente quando precisar solucionar problemas em uma empresa, por exemplo. Cada dia mais é preciso saber inovar, agregar, para não ser substituído por máquinas.

Essas são as ideias de THIAGO KFFURI, que tive oportunidade de conhecer através desta coluna. Há dez anos ele mora em Campo Largo e há cinco estuda a fundo sobre criatividade. Ele criou, há dois anos, o projeto VOCÊ CRIATIVO, uma página na internet em que publica suas ideias e a partir da qual começou a fazer palestras.

As coisas estão evoluindo muito e é preciso estar na frente, as empresas querem profissionais multitarefas. O lado positivo disso é que assim os profisisonais têm contato com outras áreas e isso pode despertar um interesse em buscar mais naquela área e quem sabe se especializar. Até mesmo estar desempregado pode fazer a pessoa se reiventar, tem que ver o lado positivo. Ele diz que ser mandado embora muitas vezes é aquele empurrão para colocar em prática algo que a pessoa sempre quis fazer, mas até então não tinha coragem.

Com a criatividade é possível modificar métodos dentro de uma empresa para acelerar processos. Ele estimula a sempre fazer reuniões, mas convocando todos os departamentos, pois é importante a troca de ideias. Em suas palestras, ajuda os participantes a analisar processos de forma criativa com base em técnicas.

Digamos que um dos “vícios” dele é usar post it. Uma das paredes de sua casa é cheia destes lembretes coloridos, cada um com uma ideia, e com o passar dos dias elas começam a se conectar. Ele incentiva que as pessoas passem a escrever suas ideias em post it para começarem a pensar de maneira livre e não linear como é no computador. Milhões de pensamentos vêm desconectados e com o post it consegue-se gerar um fluxo de informação muito grande, conectar as ideias. Podem também usar cartolina, deixar a mente mais livre, mais criativa. Thiago às vezes até escreve no corpo quando não tem aonde anotar ou grava áudio no celular.

Nascido em São Paulo, é formado em Desenvolvimento Web, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Marketing. Para ele, um dos pontos que estimula a criatividade é ser curioso. Ele tem uma biblioteca com cerca de 1.500 livros, entre físicos e digitais, com um pouco de tudo. Gosta de ter novas experiências, ler sobre coisas que não conhece, fazer coisas que não gosta, pois com isso exercita mais o cérebro. E estimula todos a fazerem o mesmo.

Em suas palestras, ele aborda sobre os bloqueios que as pessoas enfrentam, como o emocional, e o quanto isso afeta. Ensina técnicas baseadas em estudos e coisas que ele adapta de acordo com sua experiência. Um dos bloqueios ele diz que é de percepção, de não enxergar o que está à frente. Para isso é preciso sair do problema e olhar de fora. Na maioria das vezes, o problema apresentado não é o problema em si, e ao perceber isso começam a surgir novas ideias para solucioná-lo.

O bloqueio pode começar nos primeiros anos de vida, com a falta de resposta dos pais ao “por que” da criança, a qual passa a entender que perguntar é chato e começa a não questionar, só aceitar. Deixa de ser “questionadora” para ser “aceitadora”, como ele comenta. A falta de criatividade também está ligada à falta das pessoas serem um pouco crianças, mais livres, espontâneas, diz ele, que aprende muito com a filha, de 05 anos, e procura dar a ela uma educação criativa.
Então vamos exercitar! Mais sobre o trabalho dele em www.vocecriativo.com.br