“Vamos imaginar que o corpo humano é um carro esportivo zero quilômetros e com muita potência. Qual seria a preocupação que o dono deste carro deveria ter com os combustíveis que colocaria nele? Com certeza, para ter o melhor desempenho do motor iria procurar o combustível de melhor qualidade. Então pense nisso quando sempre que for se alimentar e também quando aliar a alimentação à atividade física, para conseguir resultados ainda mais satisfatórios.” A explicação é da nutricionista Franciele Viezzer, que orienta aos praticantes de atividade física as melhores opções de alimentos antes e depois dos treinos para atingir um melhor resultado.
“Alimentos de qualidade farão você ter mais disposição e energia durante o dia, ajudarão a ter uma boa noite de sono e irão contribuir para que você consiga alcançar seus objetivos. É importante não desistir, colocar metas, superar-se a cada dia e ser saudável sempre”, aconselha Franciele.
A nutricionista explica que é importante se atentar para a alimentação quando está desempenhando algum tipo de atividade física, pois quando não há fornecimento dos nutrientes corretos que o corpo precisa para desempenhar determinada atividade física, ele acaba reduzindo a performance do paciente e consequentemente degrada tecido muscular para gerar a energia que o corpo precisa naquele momento.
Outro ponto importante é a necessidade de um acompanhamento profissional e individual. “A orientação correta de alimentação é muito individualizada, pois depende do estado nutricional e objetivo do paciente, tipo de atividade física que ele vai desempenhar (aeróbico ou anaeróbico), intervalo entre a alimentação e o início do exercício, duração da atividade física, enfim, vários quesitos são levados em conta no momento da correta orientação nutricional”, acrescenta.
Apesar da alimentação ser individualizada, Franciele dá um exemplo. “Por exemplo, um paciente saudável praticante de atividade anaeróbica (musculação) com duração de uma hora com o objetivo de ganho de massa muscular, que faz sua alimentação 45 minutos antes do seu treino, é interessante a ingestão de carboidrato de baixo índice glicêmico (o que proporcionará uma boa dose de energia ao longo do treino) combinado com uma fonte proteica, a fim de fornecer aminoácidos (unidade da proteína) para a correta realização dos exercícios que exigem força. Caso contrário, o organismo degrada massa muscular para fornecer estes aminoácidos que o corpo precisa naquele momento. A orientação pós-treino para este caso seria uma combinação de proteína e carboidrato agora com um índice glicêmico maior, a fim de estimular a liberação de insulina, hormônio que ‘abrirá’ as células e permitirá a ‘entrada’ correta da proteína”, exemplifica.
Sentir fome durante o treino não é algo considerado normal. “Caso o paciente sinta isso é sinal que seu nível de açúcar no sangue está baixo. Já a fome no pós-treino é normal, e pode ser um sinal que o corpo manda para ingerirmos nutrientes para reparar os tecidos lesionados durante o exercício”, diz.
A nutricionista recomenda exercícios em jejum apenas em alguns casos, quando indivíduos são muito bem treinados e em momentos específicos na dieta. Já o jejum prolongado pós-treino não é aconselhado por Franciele, pois o corpo irá degradar massa muscular para gerar energia.
Suplemento alimentar
De acordo com a nutricionista, os suplementos alimentares são orientados quando não conseguimos suprir com a alimentação o que desejamos. “Muitas pessoas acreditam que a ingestão de suplementos surtirá um resultado milagroso, o que não é verdade. A indicação de suplementos alimentares é individualizada para cada paciente conforme sua necessidade. Para termos resultado não existe milagre, tem que existir dedicação. Eu costumo sempre falar para os meus pacientes que não conseguimos 100% de resultado com apenas 50% de dedicação. É um conjunto de fatores que influenciam neste processo, como o treino, repouso adequado - que é tão importante quanto o treino -, hidratação, alimentação equilibrada”, finaliza.
Mais informações pelo telefone (41) 3292-2846.