Os trabalhadores das indústrias de louça de Campo Largo estão em festa. A mais antiga entidade sindical do Município, o Sinpolocal - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Cerâmica de Louça de Pó de Pedra, Porcelana e da Louça de Barro de Campo Largo, comemora, nesse dia 31 de janeiro, 60 anos de fundação. Para o presidente do Sindicato, Paulo Andrade, “apesar das crises que enfrentamos nos últimos anos, há muito que comemorar.”
Paulo destaca a luta pela manutenção dos postos de trabalho da Porcelana Schmidt como uma das bandeiras mais importantes que o Sindicato levantou nesses 60 anos de atividade. “Não foi fácil mas, hoje, mais de 600 trabalhadores têm seu emprego garantido graças à luta que travamos desde 2010, para que a Schmidt continuasse funcionando, gerando empregos e riquezas para a nossa cidade”, explicou.
União
A indústria de louça sempre sofreu grande impacto, a cada crise econômica e planos de recuperação da Economia, em todos os últimos governo do País. Sempre se reinventando, empresários e trabalhadores do setor têm uma história longa de disputas, onde quase sempre os funcionários são os mais prejudicados. A história do Sinpolocal é marcada por estas grandes lutas em defesa do trabalhador. Os destaques foram as primeiras greves da categoria, em 1989 e 1990, que atingiram as maiores indústrias da época, a Porcelanas Schmidt, a Germer e a Lorenzetti. Os trabalhadores lutavam, basicamente, por melhorias salariais, condições de trabalho, pagamento de salários e recolhimento do FGTS.
Paulo chama a atenção para a união dos trabalhadores, que através do seu Sindicato tornaram possíveis muitas das conquistas que, hoje, podem ser lembradas como importantes feitos.
Recentes
Lembra o presidente do Sindicato, que as lutas mais recentes começaram em 2010, quando a maior indústria de louças do Estado, a Schmidt, começou a enfrentar uma grave crise administrativa, agravada pela crise econômica que o País enfrentava. Havia a possibilidade de fechamento definitivo da empresa, mudou a Diretoria, os trabalhadores foram chamados para colaborar com um plano de recuperação. Muitos foram desligados ou se desligaram, mas uma boa parte ficou, com o amparo do Sindicato que, tratando com os novos diretores, garantiu que todos os direitos dos trabalhadores seriam respeitados. Hoje, já em avançado estado de recuperação, a empresa voltou a contar com mais de 600 trabalhadores, novos grandes clientes, vendas em crescimento e um horizonte promissor.
Paulo disse que, somente isso já seria o suficiente para se comemorar, mas destaca outras lutas, por direitos dos trabalhadores, inclusive junto à Justiça do Trabalho, “para que nenhum de nós tenhamos os nossos direitos desrespeitados”, acrescentou.
“Temos uma equipe de trabalho excelente, aqui no Sindicato. Dentre os nossos funcionários, podemos destacar uma, a nossa Secretária Janete do Rocio Novakoski, que há dez anos acompanha as idas e vindas do trabalhador filiado ou não ao Sinpolocal. Ela trata bem a todos, é eficiente e muito querida pelos trabalhadores”, disse.
Além do presidente, Paulo Sergio de Andrade, a Diretoria é formada pelos trabalhadores: o vice-presidente Ismar José de Souza, o 1º secretario Zeni Saczk, 2º secretario Rosangela Feltrin, tesoureiro geral, Amarildo Cezar Costa, 2º tesoureiro João B. P. Coelho, diretor de Patrimônio Claudio Pereira, diretor de Organização e Formação Sindical, Emilio A.Ferreira, e os suplentes Edemilson I. Cabral, Pedro Pereira, Paulo Castagnolli, Ageu M. Soares, João Antonio da Silva, Altair J. de Araujo e Silmaria A. de Oliveira. O Conselho Fiscal Efetivo está composto por: Maria da A. Marques, Sandra M.W. de Paula e Altivir J. Fior. Suplentes: Silvestre Sarnik, Assis Decol e Laercio A. Lopes.