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Ciclismo nas rodovias

Praticar ciclismo nas rodovias tem atraído mais pessoas a cada semana, mas é preciso ter algumas informações antes de começar. Os ciclistas Tiago Beber e Daiane Ramos Beber explicaram porque essa prática tem sido tão comum.

Data
16 de Janeiro de 2017

Independente da hora do dia que seja necessário trafegar pela BR 277, que corta Campo Largo, seja no sentido Curitiba ou Ponta Grossa, muito facilmente serão notados ciclistas no acostamento. Praticar ciclismo nas rodovias tem atraído mais pessoas a cada semana, mas é preciso ter algumas informações antes de começar.

Os ciclistas Tiago Beber e Daiane Ramos Beber conversaram com a Folha de Campo Largo e explicaram porque essa prática tem sido tão comum de um tempo para cá. “Antes muita gente praticava o Mountain Biking, que é o Ciclismo de Montanha, e consiste em trafegar em estradas de chão, trilhas em montanhas ou até mesmo na cidade. Praticar ciclismo na BR tem atraído o pessoal porque é um treino mais rápido e mais fácil de acessar o lugar. Além disso o desgaste dos pneus e da bicicleta em si é menor também”, explica Tiago.

Apesar dessa facilidade de ir treinar na BR, Tiago alerta para cuidados na hora de começar a treinar. “É aconselhavel que, para quem quer começar a pedalar, inicie no Mountain Biking, porque além de ser muito bom, não corre risco com o trânsito de carros e caminhões. Outro ponto que é importante deixar claro é para ter o máximo de cuidado na hora de pedalar na BR, porque, por mais que trafegue no acostamento, caminhões, ônibus e carros também, às vezes, precisam acessar essa parte da pista e podem não ver ou não esperar o ciclista passar”, diz.

Além do cuidado com a segurança ligado aos carros, também é preciso se prevenir dos assaltos. “Tem muito ciclista de Curitiba vindo para Campo Largo por causa de assaltos que aconteciam na BR sentido litoral. Aqui é bem mais seguro nesse ponto, mas mesmo assim é importante ficar atento, pois nunca se sabe o que pode acontecer. Esses dias mesmo eu estava indo em direção a São Luiz do Purunã quando uma camionete parou na minha frente e não saiu. Eu preferi não me arriscar e voltei embora, pois não sabia a intenção daquelas pessoas”, conta Tiago.

Outros cuidados passados por eles está na preocupação de sempre andar em grupos, nunca só. “Além de fornecer amizade, se alguém passar mal ou precisar de ajuda o grupo está lá para ajudar. Geralmente o pessoal que pedala é muito unido, sempre que passa por outro grupo pergunta se precisa de alguma coisa”, relata Tiago. “Pedalar em companhia de família e amigos melhora muito o relacionamento, estreita os laços e faz bem para a saúde, só acrescenta”, diz.

Iniciantes
A ciclista Daiane Ramos Beber aconselha que iniciantes comecem com pequenos percursos, de até duas horas, e tenha todos os equipamentos necessários. “É necessário uma bicicleta mais leve. Além disso, é essencial itens como capacete, sinalizador de luz, luva, óculos, bermuda de compressão, que é confeccionada em lycra e não deixa que os músculos saiam do lugar, além do forro que ajuda na proteção, e camiseta dry fit, que geralmente já é chamativa para garantir segurança. O sistema dry fit não deixa com que a camiseta fique molhada pelo suor e evita que o ciclista fique doente”, recomenda.

Além disso, quem quer começar a praticar precisa levar também um kit de reparo, com bomba e câmara caso o pneu fure e ir com alguém que tenha conhecimento de como trocar o pneu. É preciso estar atento à hidratação, a cada 20 minutos tomar água, e à alimentação, feita a cada uma hora de exercício. “Não esqueça de levar um documento com foto, celular e dinheiro para eventuais emergências”, finaliza Tiago.

A Aro Bike tem um grupo de ciclismo aberto ao público e que se reúne todas as quintas-feiras, às 19h30, para pedalar em um percurso de 20 km, relativamente leve, com foco nos iniciantes. Informações na Rua João Batista Valões, nº 1.032.