Por Danielli Artigas
Os sentimentos podem ser expressados de inúmeras maneiras. Quando entramos em alguma casa ou estabelecimento todo arrumado e decorado para o Natal, a energia se renova, lembranças de infância vêm à cabeça, sensação de paz, de ser amado e acolhido se sobressaem. Esses são alguns dos motivos que caracterizam a dedicação de mãe e filha que amam essa época do ano e se envolvem tanto que encantam a todos com o belo trabalho.
Tudo feito com muito amor por Laidi e Viviane Puppi, mãe e filha, que sempre fazem decoração temática para a Lojas Puppi e para vender, como se fossem feitas para elas. “Tem que expressar o sentimento do nascimento de Jesus. O Natal não tem outro sentido. Não pode esquecer disso, não ficar só em presente. É tempo de oração, confraternização com o nascimento”, declara Laidi. “Quando estamos decorando só vem sentimento bom, de alegria, paz, de que o menino Jesus esteja presente sempre. Queremos que quem olhe os enfeites sinta isso”, completa Viviane. A loja é uma referência em decoração na cidade e algumas pessoas vão lá para levar as crianças a viverem esta magia do Natal.
Algumas peças decorativas são prontas, mas elas têm um grande cuidado na produção de guirlandas, em que começam apenas com a estrutura de folhas verdes e então fazem toda a composição, mesclando laços, flores e itens natalinos. Têm uma percepção de combinação, novas ideias e uma agilidade que é bonito de se ver. Uma respeitando a opinião da outra. As Árvores de Natal também são grandes exemplos do delicado trabalho feito por elas.
Laidi conta que desde criança gostava dos enfeites de Natal, pois é de uma família muito religiosa, que vivia intensamente esta data e valoriza principalmente o presépio. Se inspirava em presépios que via e fazia em grandes espaços na loja; lembra, inclusive, que sempre gostou do presépio da loja Hermes e Macedo e o comprou quando a loja fechou. “As famílias trazem os filhos para ver o presépio porque isso fica na memória deles. O espírito de Natal, a confraternização, vem do exemplo, amor que passa de geração para geração”, enaltece Laidi. Ela relata que o único ano em que não decorou a própria casa foi quando sua mãe faleceu.
Na loja, sempre venderam decoração de Natal, mas diz que não era tão fácil decorar como hoje em dia. “Não tinha muitos enfeites prontos, só a bola. Então tinha que criar, pintar pinha, fazer com cordas, algodão e trigo; cedro natural que a gente buscava no mato, palmeira. A gente inventava”, conta Laidi, aos 79 anos de idade. Elas destacam que os funcionários sempre estiveram muito envolvidos neste clima de Natal e ajudam com amor. Para todos a loja ganha um significado diferente nesta época.
A decoração externa da loja sempre foi um diferencial e atrai as pessoas para apreciar. Já teve até mesmo coral com apresentação de músicas de Natal. As decorações na fachada sempre exigem muito trabalho e criatividade. Todo ano algo diferente, muitas peças acabam sendo guardadas em um depósito e são reaproveitadas com novas combinações. Envolve uma grande organização e preocupação em oferecer novidade e estimular o espírito de Natal nos campo-larguenses.