Por Danielli Artigas
A equipe da Folha se surpreendeu positivamente com a Promoção de Dia dos Pais. As histórias enviadas comoveram por muitas vezes os colaboradores, estimularam à reflexão sobre a vida, sobre o sentido desta importante data. A vontade era inclusive aumentar o número de ganhadores, para que de certa forma esses pais fossem presenteados pelos nossos parceiros e homenageados no jornal.
Já dizem que quando nasce um bebê, nasce a mãe. No caso do pai acaba sendo um processo diferente, no dia a dia ele passa a entender melhor o seu papel e aquele turbilhão de sentimentos, como também passa a se identificar com os traços físicos da criança ou até mesmo jeitos parecidos. Quando não se é pai de sangue, geralmente já se passou algum tempo, até mesmo anos, para que se conheçam, com isso há diferenças de comportamentos e valores que precisa de um afinamento para manter uma boa convivência. As duas partes precisam de um esforço para se entenderem e criarem uma sintonia. Mas isso não diminui o amor que um sente pelo outro, há muitos casos em que o pai de coração passa a fazer muito mais pelo filho que assumiu como seu. Superam as dificuldades e criam uma relação muito mais forte que ter o próprio sangue.
Foi um relato como esse que nos fez escolher a história de Dayane Copati, do Jardim Busmayer, como a ganhadora da Promoção de Dia dos Pais da Folha - em parceria com a Hícaro Joias e Churrascaria Laçador. Quantos momentos intensos já viveram juntos, quanto orgulho um sente do outro. Escolhemos essa história também como forma de homenagem a todos os pais de coração, que não são poucos. Parabéns pela dedicação, pelo amor incondicional, por estarem de braços abertos a receberem os filhos, que tanto têm a aprender por toda uma vida, sendo para eles uma referência, um exemplo a ser seguido.
A história que ganhou o segundo lugar foi unânime na equipe, porque reflete uma realidade bastante comum, as doces lembranças de infância, aquele pai que é uma referência e a memória da vitalidade, do homem trabalhador e dinâmico, que o tempo torna essa rotina mais difícil, pela idade e pela doença. Aquele homem que sempre fez tudo pela família, pelos filhos, agora é quem precisa de cuidados e da retribuição de todo amor e carinho.
Então, queremos proporcionar à família de Luana Medeiros Freiras, do Jardim Iara, um almoço em família na Churrascaria Laçador, com direito a quatro pessoas. Queremos que esse almoço especial de Dia dos Pais, ou outro a ser marcado, seja um momento de comemorarem a vida, a união em família. Que seja um momento único para eles jamais esquecerem, até mesmo que se conheçam mais, valorizem um ao outro, reconheçam o que cada um faz de melhor e tenham conversas que muitas vezes a rotina atrapalha. Parabéns Luana, por sua história, pelo reconhecimento ao seu pai, pela fé e ficamos na torcida de que venham dias melhores e ele se recupere.
A Folha entrará em contato com os ganhadores e divulgará a entrega dos prêmios na edição do dia 10 de agosto.
Parceiros
Agradecemos também a parceria de duas renomadas empresas na cidade, a Hícaro Joias e Relógios e a Churrascaria Laçador. Fazem parte da história de Campo Largo e trabalham com seriedade para oferecer produto e serviço de qualidade. Como também a campanha desenvolvida pela RMedia.
Dayane Copati presenteará o pai com um relógio da Hícaro, modelo Technos Skydiver Professional, campeão em vendas da linha. A Luana Medeiros Freiras passará bons momentos com a família e comendo muito bem na Churrascaria Laçador, com o pai e mais duas pessoas.
Essa foi uma forma da Folha se aproximar ainda mais de seus leitores e valorizar essas relações cheias de amor e de histórias que ficarão para sempre guardadas nas memórias destas famílias.
Ganhadores
Cada história sobre “pai” é extremamente especial. Em todas há relatos do seu espírito protetor, da sua personalidade, às vezes mais dura, outras com coração de manteiga. Conheça agora as cartas vencedoras da nossa Promoção de Dia dos Pais. Curta cada palavra usada aqui e lembre-se daquele que te inspirou e moldou a ser uma pessoa melhor para um mundo tão difícil.
1º Lugar: Dayane Copati, do Jardim Busmayer.
“Luiz Agostinho Berton é o pai que ganhei depois de nascida. Fomos apresentados em dezembro de 1995, quando ele e minha mãe se conheceram e logo começaram a namorar. Aquele corintiano foi conquistando seu espaço dentro do meu coração. Depois de oito meses e alguns dentes arrancados, na toalha, porque só assim não doía, era o que eu dizia, no dia 24 de agosto de 1996, chegávamos a Imbituba-SC, data em que comemoramos os três juntos, todos os anos como sendo o dia do seu casamento, mas como fui o brinde, comemoro junto. E conforme os anos foram passando, os laços foram ficando mais claros e fortes, sempre muito afetuoso, levando à escola quando podia, buscando quando era necessário e por algum tempo eu o buscava na hora do almoço, já que o serviço ficava entre a escola e nossa casa. Ficava esperando junto na portaria, balançando as perninhas, que não alcançavam o chão, para irmos almoçar. Quando me perguntavam quem ele era, respondia que era o namorado da minha mãe ou simplesmente o Luiz.
As semelhanças, que hoje não são poucas, começaram a aparecer. Não perdia um dia de jogo, ia para a beira do campo torcer e assistir a seus jogos, logo me descobri corintiana, eu que tanto reclamava do Corinthians, pegava suas camisetas para usar de pijama. Tantas noites roubava seu lugar e ele ainda tinha que me levar dormindo para meu quarto, aprontava e ele me defendia. Noção financeira desde cedo foi ele que me ensinou, recebia um pequena mesada e era aquilo que teria para as besteiras do mês, aprender a economizar, com porquinhos, guardados em latas o ano todo para ter dinheiro final do ano, lavar carro para aumentar a renda.
O jeito grossinho veio de brinde, mas também ensinou a encarar bem os momentos que passamos por dificuldades de saúde, já nessa época sabia o valor do homem que minha mãe tinha escolhido para lhe acompanhar e sempre lhe homenageava com as lembrancinhas de Dia dos Pais produzidas na escola.
Em todos os momentos felizes e tristes você estava ao nosso lado, sempre fazendo o máximo possível para que minha mãe e eu tivéssemos todo o conforto, de vocês pra a Campo Largo, durante os anos em que fiz faculdade me buscavam 23h30 diariamente ou me ajudando com meu primeiro carro.
Mais uma vez durante a minha formatura você estava lá, e dessa vez eu vi as lágrimas escorrerem por seu rosto, coisa que nunca havia visto até então. Novamente a vida nos colocou em apuros, levando mais uma vez minha mãe para o hospital, desta vez eu já era adulta e pude perceber o medo que tenho de perder vocês dois e o quanto você é importante para mim, pois não conseguia vê-lo tão triste pelo que estava acontecendo. Graças a Deus as coisas estabilizaram.
Pai é aquele que mesmo depois do erro, chama atenção e abre os braços para te ajudar a consertar as coisas. Assim, aos poucos terminei meu mestrado e no dia da defesa, enquanto fazia os agradecimentos, via novamente as lágrimas escorrerem em seu rosto, mas desta vez era de orgulho.
Nunca te chamei de pai, palavra que para muitos é a referência de alguém que te cria, para mim você é o Omi, e nós sabemos o que significamos um para o outro. Eu sei que sou sua filha. Te amo!”
2º Lugar: Luana Medeiros Freitas, Jardim Iara
“Meu pai sempre foi o melhor pai do mundo, presente, amoroso. Lembro-me como se fosse ontem, ele chegando do trabalho e perguntando para minha mãe “cadê a Lua?” (Lua é meu apelido rs) e eu saltava de trás da porta e me pendurava no pescoço dele, ele tinha um costume de beijar meu nariz e eu amava, sempre fui a menininha dele! Mesmo ele mega cansado, tomava banho e ia brincar de bolinha de gude comigo na cama, e aqueles momentos simples estão no meu coração até hoje.
Em meio do ano passado meu pai começou a se debilitar, trabalhava de motorista, mas ajudava a descarregar caminhão, chegava cada vez mais exausto, emagrecendo cada vez mais, perdendo movimentos das pernas, se queixava de fortes dores nas costas e assim foi levando até o início desse ano de 2018. Mesmo com dores levantava cedo, pedia pra mim ou pra minha mãe vestir os sapatos nele (nem isso ele conseguia mais) e ia trabalhar. E sabem porquê ele ia mesmo mal trabalhar? Pelo amor e responsabilidade que ele tem por nossa família.
Mas, ele não aguentou mais muito tempo trabalhando, chegava chorando de dor e aí eu insisti pra pedir as férias dele e ir ao médico particular. Ele já havia ido ao médico e o médico mandou ele tomar dipirona pra dor, acreditam?! Enfim, retomando assunto... Ele seguiu meu conselho e pediu as férias dele, fez o exame de coluna, uma ressonância com contrataste e o médico falou: ‘O senhor está com câncer, e o câncer fraturou quatro vértebras da sua coluna’. Aquela notícia desabou a todos, mas não era o fim! Médico encaminhou ele para o médico especializado da Oncologia, mas e aí? Particular? Da onde iríamos tirar dinheiro?! Por sorte conseguimos médicos bons pelo SUS, foram feitos muitos exames e aí veio outra bomba! Meu pai foi diagnosticado com Mieloma Múltiplo (câncer com metástases), câncer raro e agressivo, e ele devia tirar um tumor que estava em cima de duas costelas e metade do pulmão.
E assim foi feito, operou, oito dias internado. Ele voltou muito magrinho pra casa, com falta de ar, com dores, tinha dias que meu coração parecia que ia arrebentar do meu peito, ao ver ele naquela situação. Mas eu me apeguei muito a Deus, Deus falava e fala comigo o tempo todo e está segurando as mãos do meu pai. Ele começou a fazer quimioterapia, já teve uma boa melhora, toma bastante medicamentos por dia, uns dias bons, outros nem tanto, mas Deus está conosco e eu vejo o agir dEle no meu pai. Meu pai é um herói!”