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Vivendo a alegria do Natal mesmo na dificuldade

Conheça a história da campo-larguense, que mesmo com uma história difícil, não deixa de enfeitar a casa para o Natal

Data
19 de Dezembro de 2017

Casa bonita, preparada e bem decorada. Isso é o que pensa a vizinhança da Dona Dinah Kuster, campo-larguense e moradora do bairro Ferrari, que não economiza disposição e adereços na decoração de Natal. Ao entrar na casa, cada detalhe disposto sobre as mesas e estantes, ou até mesmo pendurado no teto, acolhem e dão graça à casa muito bem arrumada.

Segundo ela, tudo isso é o amor por uma das mais belas datas do ano. Poucos imaginam as dificuldades que ela passou pela vida, que incluem a perda do marido e de um dos filhos. “Quando eu perdi meu marido, tinha cinco filhos, pequenos. Ele foi pescar, em um momento de alegria, e acabou não voltando mais. Eu trabalhava na época, mas ele quem sustentava a casa, meu salário era para as crianças e para mim. Foi muito difícil a parte sentimental. Eu não podia chorar da forma que eu queria a morte do meu marido. Eu chorava escondido dos meus filhos porque precisava mostrar que eu estava forte para cuidar deles. Foi uma fase bastante pesada”, relembra.

Mesmo com a ausência do marido ela continuou comemorando as datas festivas. “Quando eu achei que tinha me recuperado e estava pronta para seguir, perdi meu filho. Essa é uma das maiores dores que uma pessoa pode passar. Ele tinha apenas 19 anos e faleceu em uma época de festas. Ainda é muito difícil falar sobre isso, pensar, sentir. Mas com o apoio da minha família e porque eu tenho que passar isso para eles, nós continuamos seguindo com a força que vem de Jesus”, emociona-se.

Dona Dinah lembra que dezembro, desde então, tornou-se uma época de mistura de sentimentos. Tanto pela tristeza, como pela alegria contagiante do Natal. “São dois dias primeiros que nós acabamos nos entristecendo. Primeiro no dia 01 de dezembro, que era aniversário do Fabiano. Comemoramos muito essa data quando ele estava aqui. Reuníamos a família, tinha tudo o que ele mais gostava. Outro dia primeiro é o dia 01 de janeiro, data que ele faleceu em um acidente. Nós estávamos voltando da praia, comemorando a chegada do ano, quando aconteceu o acidente de moto e ele faleceu”, conta.

Com quatro filhos e sete netos, Dinah acredita que o mais importante ainda é a celebração da vida. “Eu comemoro, enfeito a casa para todas as datas, Páscoa, Dia das Mães, Dia da Vovó, Dia das Crianças, Festa Junina, Natal, tenho tudo guardado. Nós não podemos nos abalar com as dificuldades da vida, temos que celebrar ela, aproveitar a presença dos nossos amados familiares. E o mais importante, não esquecer do aniversariante deste dia, que é Jesus. Ele é o principal, por Ele que estamos aqui, Ele nos mantém”, afirma.

No próximo dia 24 de dezembro a família Kuster estará reunida na casa mais iluminada e enfeitada do Ferrari. “Nós tiramos amigo secreto, já combinamos sobre a ceia e todos os meus filhos, genro e nora, netos estarão aqui para comemorar. Será uma benção. Não deixem o Natal morrer, enfeitem suas casas, reúnam-se com a família e orem muito pelo ano que passou, em agradecimento, e para o que vai chegar que seja uma bênção”, aconselha.

Desafio do próximo ano

Para o ano que vem, Dinah quer um trenó do Papai Noel no jardim da sua casa. “É meu sonho. Sempre quis um trenó do Papai Noel para enfeitar o jardim. Estou à procura de um marceneiro que o faça com o mesmo carinho que eu coloco em minhas decorações”, finaliza.