A iluminação é uma das decisões mais difíceis na hora de definir sem auxílio do profissional e ao mesmo tempo um dos pontos de maior importância. A arquiteta Anelise Munaretto Andreassa explica que a produtividade, concentração, motivação e inclusive a hora do nosso descanso podem ser impactadas pela iluminação do local. Por isso, é necessário prestar atenção na escolha da temperatura, intensidade, cor e disposição das lâmpadas. “Um bom projeto de iluminação pode mudar o ambiente, pode deixar o espaço funcional, mais confortável e agradável, criar diferentes cenas, proporcionar diferentes sensações e economizar, o que é muito importante.”
Segundo a profissional, é comum observar espaços iluminados em excesso, que além do aumento no consumo de energia, há uma má distribuição da luz, o que pode gerar desconforto e até mesmo atrapalhar em tarefas, apontando que o auxílio de um profissional capacitado faz toda a diferença e é fundamental.
Uma boa notícia é que se há um ambiente em que a iluminação não está adequada, é possível corrigi-la. “É preciso definir qual a opção mais adequada às necessidades funcionais e estéticas do projeto, dentre elas a iluminação geral, decorativa, de destaque ou de iluminação de emergência. A maioria dos erros de iluminação acontecem por falta de conhecimento técnico”, comenta.
“Ninguém melhor do que você para saber suas preferências de estilo e decoração. Ainda assim, a ajuda de profissionais, como arquitetos e projetistas elétricos, faz toda a diferença. Além do domínio técnico, eles têm experiência no assunto e podem trabalhar em um projeto de iluminação personalizado que atenda todas as suas expectativas”, completa.
Na temperatura certa
A arquiteta explica que temperatura de cor da luz afeta diretamente ao conforto do ambiente. Então, Anelise diz que as tonalidades mais quentes são mais aconchegantes, por isso, o seu uso é indicado para ambientes como dormitórios, salas, restaurantes e sala de jantar. Por exemplo, a luz amarela causa uma sensação de relaxamento.
“A luz branca, mais clara, é mais estimulante, por isso geralmente é utilizada em ambientes que precisem manter o foco, maior leitura, utilizada em áreas de trabalho, clínicas, farmácias e hospitais. Imagine você chegando do almoço ao trabalho com uma luz amarela. Vontade de dormir, certo? Para isso, usamos luz fria, para você chegar e acordar”, indica.
Já a luz neutra é intermediária, trazendo uma iluminação não tão branca e nem tão amarelada, mais semelhante à naturalidade que temos contato no dia a dia. Segundo a profissional, ela é usada quando a intenção é oferecer os efeitos de foco ou de conforto, já que é a luz mais adequada para os olhos humanos. Pode ser usada tanto em salas, escritórios quanto em banheiros e cozinhas.
“No entanto não existe uma regra absoluta para o uso da iluminação. O que vai contar na hora da escolha é o efeito desejado e o gosto. Atualmente, para a iluminação residencial, o tipo de lâmpada mais comum de ser encontrado à venda são as lâmpadas de LED. Elas são uma grande evolução em relação às lâmpadas fluorescentes e às incandescentes por consumirem bem menos eletricidade para gerar a mesma quantidade de luz”, ressalta.
Anelise continua explicando que essas são a temperatura de cor da luz, porém não têm relação com o consumo de energia da fonte de luz. “O que irá interferir se irá consumir mais ou menos energia é a sua potência. A quantidade de luz emitida entre as fontes quentes ou frias é praticamente a mesma. Quanto mais alta for a temperatura de cor, mais clara será a tonalidade de cor da luz – mais fria, com a temperatura entre 6.000K a 6.500K. Quanto mais baixa a temperatura de cor, mais amarelada a tonalidade – mais quente, com temperatura entre 2.700K a 3.000K”, finaliza.