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Com características totalmente próprias, desde anatômicas até funcionais, as crianças não podem ser consideradas pequenos adultos. São seres em crescimento e desenvolvimento e o que é regra em cirurgias de adultos, muitas vezes não serve para os pequenos. O cirurgião deve ter conhecimento anatômico específico para essa faixa etária,  entender e respeitar o desenvolvimento da criança nas diversas fases de sua vida. Cirurgias pediátricas necessitam de  técnica  e instrumental delicados (lupas, em alguns casos).

Para uma boa formação, o cirurgião pediátrico necessita de, no mínimo, cinco anos  de estudos e treinamento, para isso se faz necessário dois anos de residência em Cirurgia Geral, pré-requisito, e mais  três  a quatro anos de residência em Cirurgia Pediátrica, seguidos de prova de título de especialista  na  Sociedade  Brasileira de Cirurgia Pediátrica. Isso os tornam aptos para o bom e preciso atendimento que esta  população exige.

Preservar a individualidade da criança e conduta baseada em protocolos específicos leva a bons resultados sem traumas ou sequelas.

Cirurgias comuns nessa fase da vida são correção de fimoses, hérnias inguinais l e umbilicais l, freio de língua, lesões de pele, apendicites, entre outras. Muitas dessas cirurgias podem até ser realizadas ambulatorialmente. Dra. Josiane Bernartt  Zanellato (CRM 13964), membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica, conta que em muitas ocasiões já operou  bebês   prematuros  com peso  abaixo de 1kg e também  recém-nascidos com malformações congênitas. Atende crianças maiores também e  geralmente o limite de idade é de 14 anos.

“É preciso conhecimento amplo e muita destreza, delicadeza, paciência,  disponibilidade  e  amor  pelas  crianças  para o bom atendimento  das  mesmas”, afirma. Por estes  motivos,  a indicação é que cirurgias sejam realizadas por cirurgiões pediátricos.

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